A multidão aguardava pacientemente a passagem dos Três Reis Magos, como acontece todos os anos a 6 de Janeiro junto à Capela de Nossa Senhora dos Remédios numa colina de 100 metros de altitude em Cuelim, em Cansaulim. É aqui ao lado de Nagoá de Vernã.
Tal como todos os anos, as pessoas vestem-se a preceito, deslocam-se como podem colina acima, aguardam a passagem e depois tentam tocar pelo menos um dos três rapazes, escolhidos das vilas de Cuelim, Cansaulim e Arossim para interpretarem cada um dos Reis Magos, numa tentativa de angariarem bênçãos. Alguns tiveram sorte. Outros acabaram por se resignar a um sinal da cruz ou a uma prece silenciosa.
Tal como todos os anos, as pessoas vestem-se a preceito, deslocam-se como podem colina acima, aguardam a passagem e depois tentam tocar pelo menos um dos três rapazes, escolhidos das vilas de Cuelim, Cansaulim e Arossim para interpretarem cada um dos Reis Magos, numa tentativa de angariarem bênçãos. Alguns tiveram sorte. Outros acabaram por se resignar a um sinal da cruz ou a uma prece silenciosa.
O evento é o ponto alto (até literalmente) e ao mesmo tempo o culminar da época de Natal. Em torno da capela, espiralando pela colina acima, há um festival de cores e aromas impossível de ignorar.
Das cinco da manhã às nove houve uma missa por hora. Nos intervalos da religiosidade, as pessoas lanchavam nos espaços destinados a refeições ou pelo caminho.
O movimento tornou-se viciante, com uns a empurrar outros até cada um conseguir chegar onde queria e foi, por isso, uma tarefa hercúlea conseguir ficar parada o tempo suficiente para conseguir tirar uma foto bem focada. Misturei-me com os fotógrafos e os jornalistas no local e foi assim que consegui alguns detalhes interessantes, ainda que não tão focados como queria.
Das cinco da manhã às nove houve uma missa por hora. Nos intervalos da religiosidade, as pessoas lanchavam nos espaços destinados a refeições ou pelo caminho.
O movimento tornou-se viciante, com uns a empurrar outros até cada um conseguir chegar onde queria e foi, por isso, uma tarefa hercúlea conseguir ficar parada o tempo suficiente para conseguir tirar uma foto bem focada. Misturei-me com os fotógrafos e os jornalistas no local e foi assim que consegui alguns detalhes interessantes, ainda que não tão focados como queria.
Factos curiosos: não se sabe ao certo como foi a capela parar ao topo de uma colina. A capela terá sido fundada por um padre jesuíta, Gonsalo Carvalho, em meados de 1599.
Há teorias de que a capela foi construída pelos jesuítas num local remoto o suficiente para que não fossem apanhados pela perseguição de Marquês de Pombal. Há pelo menos um túnel subterrâneo debaixo da capela, por onde se diz que os jesuítas se deslocavam para cerimónias religiosas.
Há lendas que dizem que no lugar da capela estava antes um templo hindu. Será essa uma das razões pelas quais os hindus se juntam liberalmente a esta festividade católica e são fervorosos à Nossa Senhora dos Remédios. Junte-se a isso os supostos poderes curativos desta região e há aqui o ponto de encontro ideal entre duas das principais religiões de Goa.
Vamos agora às fotos:
Por onde andassem os Três Reis, a música acompanhava.
Estas flores amarelas e laranja estão presentes em todas as cerimónias religiosas que já vi.
As batatas assadas ou cozidas fazem tanto sucesso que há imensas vendedoras por todo o lado.
A vista da colina. De vários ângulos dá mesmo a impressão de que não há nada à volta.
Há várias outras fotos, mas ficam para outra altura.
Vanessa
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