quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Deixa estar


Há dias em que falta trabalho ou falta internet, falta vontade e falta silêncio, e por isso mais vale deixar estar. Se não dá, não dá. Há aqui muito que não depende de mim, o que é uma coisa a que não estou habituada. Por enquanto. Pouco a pouco será melhor. Não depende de mim haver uma ligação de internet em condições, isto é, estável e contínua, para conseguir trabalhar sem quebrar o ritmo com as falhas. Não depende de mim haver pessoas que precisem do trabalho que faço. Não depende totalmente de mim ter vontade ou concentração para trabalhos aborrecidos ou para aqueles que me ultrapassam em conhecimento. Pronto, deixa estar. Já sabia mais ou menos que ia ser assim aqui. Não esperava que fossem tantos os dias, mas assim todas as limitações funcionam como um curso daqueles condensados em pouco tempo sobre como fazer jus à música Don't Worry Be Happy. Ainda não o concluí com mérito, mas a assiduidade é perfeita.

Na terça consegui desfrutar de uma tarde descansada, a ler no alpendre e a debicar um doce que a E. tinha feito com chá. Como aprendi palavras novas e quase terminei o livro, não me pareceu que tenha desperdiçado tempo. Já tive menos pena de não conseguir trabalhar, realmente. Não valeria a pena ficar a ruminar e estragar o dia. Às vezes consegue-se pensar assim. Outras vezes perde-se tempo a ruminar.

Por falar isso (ruminar = erva = verde), quem indagar que coisa verde é aquela: é um doce chamado sooji (ou suji; encontrei várias denominações na internet). É uma polenta doce, por assim dizer.


Vanessa

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