terça-feira, 30 de maio de 2017

Na Quinta da Pedra Branca com a Associação Bandeira Azul

A Quinta da Pedra Branca fica ali no meio do nada na aldeia de Monte Gordo, em Sobral da Abelheira, Mafra. Querem coordenadas GPS para ser mais fácil? 38.989944, -9.292201. Mais fácil ainda, na verdade,  é visitar o site: quintadapedrabranca.pt, onde lá estão mais informações, de contactos a variadas receitas.

A Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) organizou uma visita guiada com a matriarca da família que criou a quinta, Teresa Soler, que nos levou a conhecer os produtos biológicos que dali saem, que respondeu às nossas perguntas de gente da cidade e que ainda nos ofereceu dois dedos de simpática conversa.

Ficam as fotos. Spoilers: vimos couves várias, incluindo couve-de-bruxelas, alfaces, beterrabas liláses, beldroegas, acelga, alho francês, hortícolas de várias cores e feitios, e acima de tudo com personalidade, morangos, galinhas, porquinhos, gatinhos, mangas e fruta desidratada. O que não se vê aqui é pretexto para visitarem a quinta.
Esta última foto mostra a tal da pedra branca que dá nome à quinta. Toda o terreno da quinta era feito desta pedra branca, mas a família Soler tornou o terreno arável e fértil.

A Quinta da Pedra Branca faz entregas ao domicílio. Mais informações neste link.


Vanessa

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Há um ano

Passei o dia de 25 de Maio de 2016 a atravessar o tempo e o espaço para regressar a casa depois de ter estado em casa. Goa foi uma aventura de quase seis meses que terminou quando aterrei em Portugal a 25 de Maio de 2016, num dia que se prolongou pelo longo mergulho no fuso horário do qual acho que ainda estou a recuperar. Nada mudou deste esse dia até hoje excepto eu. Não faço mais do que fazia mais sei mais do que sabia.

Vanessa

terça-feira, 23 de maio de 2017

Obviamente

Tive um professor que dizia que o óbvio não se diz nem se pergunta. Como é óbvio, a tal declaração sucederam-se vários pedidos de esclarecimento, até porque, sensatos alunos que éramos, já em novos sabíamos que muita coisa no mundo é relativa, incluindo juízos de valor, de quantidade, de obvietude. Que inquietude.

Anos a seguir, que é como quem diz, já eu era bem mais velha do que aquando da declaração, comecei a reparar que o que para mim é óbvio obviamente não o é para a restante humanidade, incluindo e talvez em exclusivo aquilo que para mim, além de óbvio, é também senso comum. Correndo aí o risco de soar condescendente ou imatura por ter de referir o óbvio quando não conheço do indivíduo o que importa saber para adequar o discurso em conformidade, acabo por ter de explicar em minúcia ou solicitar o que já estava implícito.

Tempo mais adiante ainda, hoje em dia o óbvio é apenas adereço. Esqueci o que aprendi, e muito especialmente esqueci o que o professor solicitara, porque hoje em dia dou por mim a ter de repetir o óbvio frequentemente. 

Eu culpo as tecnologias. O acervo tecnológico de uma pessoa é claramente inversamente proporcional à capacidade de essa pessoa compreender senso comum e agir como uma pessoa adulta dos anos 90.

Às mulheres, a tecnologia proliferou a certeza de uma igualdade que ainda não se concretizou. Nessa lógica, a internet mostra-nos exemplos de como ainda falta tanto para evoluirmos ou ideias para conseguirmos chegar ao primórdio da igualdade. Aos homens, a tecnologia abriu caminho a uma imaturidade nunca antes vista, que se multiplica num sem fim de engenhocas. A internet desdobra-se em páginas de possibilidades, olha botões e penduricalhos e tanta coisa que este gadget pode fazer por ti para que tu possas ficar aí sem fazer nada.

Estou confiante na minha própria parcialidade. Arrisco dizer que as circunstâncias estão assim divididas porque as mulheres ainda têm muito para fazer antes de se poderem divertir com gadgets. Há alturas em que uma pessoa precisa de generalizar para poder desfrutar da catarse que é falar mal de outrem. Perdoem-me.

Mas isto do óbvio não é apenas pretexto para falar mal dos homens, que uma pessoa até gostava de o fazer, mas não pode citar nomes e muito menos exemplos, porque agora não tenho um blogue anónimo e depois ficava sem amigos. Posso muito bem agora espetar aqui um exemplo que me contorce as entranhas desde que o fenómeno começou: ter de pedir para colocar manteiga nas sandes. No tempo daquele meu professor que falava do óbvio como se ele fosse óbvio, não era preciso pedir manteiga nas sandes em lado algum.

Obviamente, hoje em dia não compro sandes no café para não ter de pedir o óbvio. Poupa-se dinheiro e poupa-se paciência. Será isto uma metáfora? Obviamente. Dá para adequar ao que for preciso, a bem da sanidade.

Se eu me pusesse para aqui a escrever aquilo que é óbvio, perdia-se o propósito deste texto.

Vanessa

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Espaço precisa-se

Isto não anda a funcionar bem. Refiro-me ao meu teclado. É fácil adivinhar que o considero assunto fascinante o suficiente para escrever sobre ele agora pela terceira vez. Depois de o E ter decido mudar a sua anatomia, tornando-se um F, é agora o espaço que demonstra que decidiu mudar. Tornou-se sedentário.

Não se quer mexer, o dito. Dantes bastava um leve toque do polegar. Agora o polegar tem de ser estrategicamente colocado para embater no sítio onde o espaço verga mais facilmente. Tem sido uma luta constante. Um pouco de violência de vez em quando ajuda. Ele percebe a mensagem e cede.

Seeudeixar,omeuespaçodeixaosmeustextosassim. Teimoso.

Vanessa

terça-feira, 16 de maio de 2017

O local perfeito para a Eurovisão em Portugal

Ocorreu-me ontem. Enquanto as caixas de comentários de tudo quanto é sítio se enchem das disputas do costume (Lisboa versus Porto), com umas minorias a sugerir destinos menos comuns e outros já de si turísticos, inspirei-me eu em acontecimentos recentes e sai de mim a melhor ideia de sempre: a Eurovisão em Portugal devia ser mas é em Fátima. Coube lá um milhão de pessoas. Não haveria de caber o pessoal festivaleiro também? Abençoado já está. Anúncios de alojamento absurdos também. Espaço não falta. 

Para mim a questão está resolvida.

Vanessa

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Tudo normal

Não ligo à maioria das coisas que cativa o que me parece ser o mundo inteiro. Por isso, foi um fim-de-semana normal. Sem efes: sem Fátima, sem futebol, sem festival. Não me livrei dos barulhos de quem vibra por tais fenómenos, de comentários e perguntas sobre o que achei e das buzinas à distância. Ainda dei uma vista de olhos pelos pontos altos, o suficiente para me lembrar de que não sofro de patriotismo. 

Ainda senti um arrepiozinho com a música da Eurovisão, mas porque é bonita; não porque ganhou. Já tinha gostado da música antes. Gosto o mesmo, mas agora com uma pitada de orgulho. O que o moço diz ou que dizem que disse não me interessa muito. Vou continuar a ouvir a música, o que é uma raridade nas andanças do festival, e duvido que seja uma música de passagem. Gosto da tonalidade antiquada e da melodia.

Ao menos com isto uma pessoa sabe que o romance não está morto e que não estamos dormentes de sensacionalismos porque sentimos alguma coisa. O mundo precisa de coisas que nos façam sentir. Eu cá sinto muito não gostar de futebol e de festivais e de religião. Sinto muito e ao mesmo tempo sinto nada.

A isso se chama zen.

Vanessa

sexta-feira, 12 de maio de 2017

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Vogue Índia, mas que raio?!

A Índia é um país muitíssimo pequeno e com pouquíssimos habitantes. Consequentemente, tem pouquíssimas personalidades como modelos, actrizes e afins. É essa a razão pela qual a personalidade escolhida para a capa do décimo aniversário da revista Vogue Índia é Kendall Jenner. Quem visse este post e depois o outro sobre a Pepsi, diria que eu tenho algo contra a rapariga. Nem por isso. Tenho é senso comum. Mas há marcas que não.

Afinal de contas estamos a falar da Índia, onde a indústria de cremes branqueadores de pele ultrapassa as vendas da Coca-Cola (e talvez também da Pepsi... olha-me eu a ser agressiva). Faz toda a lógica, por isso, expor na capa de uma publicação num país maioritariamente de pessoas de tons dourados e até com tonalidades de chocolate de leite, publicação essa dirigida a indianos (como é que eu sei? há Índia no nome da revista), uma modelo norte-americana de pele branca, fotografada por um fotógrafo peruano, Mario Testino.

Há tanto para falar em relação a este assunto, mas a burrice e a ignorância são coisas cansativas. Isto é uma exaustão. Alguém me explique o que se passa com o mundo, porque eu certamente não entendo.

Antes deste, houve este:

Vanessa