sábado, 31 de dezembro de 2016

Um bom 2017 a todos nós

Que a procrastinação das resoluções de ano novo traga coisas boas.

Vanessa

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

2016, vai-te embora

Não houve um filme preferido este ano, muito menos uma lista de 10. Poderia fazer uma lista dos melhores, mas seria, como tudo este ano, uma contagem do mal o menos, do melhor de vários males, do que foi menos pior. Em 2016 fui ao teatro uma vez e não gostei. Viajei da Índia para Portugal e não voltei a sair. Queixei-me das mesmas coisas de há anos mas essas coisas pioraram. Trabalhei a tempo inteiro em casa pela primeira vez (a sério, que dantes tinha apenas tentado) com uma casa sempre cheia e vizinhos barulhentos em baixo e em cima. Fui burlada e senti-me burra. Fui a um ou dois museus apenas, porque nunca me lembrava de quando era o primeiro domingo do mês. Perdi demasiado tempo com coisas que não interessam, burocracias, esperas em filas variadas, e perdi a paciência. Por falar nisso, já não tenho paciência sequer para os últimos dias do ano. Vai-te embora, 2016, que já é tarde e eu mal posso esperar para ser trintona. Dizem que os 30 são os novos 20.

Vanessa

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Como as coisas mudam

Houve uma altura em que o enredo de Sozinho em Casa me metia algum medo. Hoje quase que seria um sonho, excepto que não quereria estar na mira de dois assaltantes. Pode ser só a parte de estar sozinha em casa.

Meias e pijamas no sapatinho já foram uma desilusão. Hoje são das coisas que mais gosto de receber.

Antigamente a meia-noite custava a chegar. Actualmente o tempo passa sem se dar por ele.

Bacalhau era dos pratos mais detestados. Hoje é sinónimo de natal.

Consoada era ver televisão em família. Hoje é estar em família com a televisão como barulho de fundo.

Já adorei receber presentes. Agora se recebo e o embrulho não é mole, a denotar meias e pijamas ou qualquer coisa do género, até tenho receio de abrir porque não gosto de não gostar do que me oferecem.

Dantes fazia muita coisa por obrigação, como ir à missa do galo e beijar a imagem do menino mesmo achando aquilo muito pouco higiénico. Hoje sou uma herege com orgulho e nunca o natal soube tão bem.

Dantes tinha férias de natal. Agora férias são uma miragem. Mas não me importo.

Vanessa

sábado, 24 de dezembro de 2016

Uma quadra nesta quadra

Desejo-vos boas festas, porque parece que é Natal.
Festas são sempre bem-vindas nesta quadra especial.
Mas dizem que o Natal é quando o homem quiser, afinal.
Não deixem por isso as festas só para agora que isso está mal.

Que este Natal e o ano novo vos tragam muitas festas e outros carinhos à discrição e personalizados.

Vanessa

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Primeira experiência 4DX com Rogue One

Finalmente experimentei a primeira sala 4DX de Lisboa no Fórum Almada com o filme Rogue One. O sistema 4DX é mais ou menos como estar sentado numa cadeira que é tipo um carrossel não muito agressivo (se bem que não aconselho a comer pipocas nestas salas) e ter alguns efeitos que coincidem com o que se passa no filme. 

Neste caso, as cadeiras acompanham as naves espaciais, estremecem com as explosões e a trepidação (boa massagem lombar, digo-vos) há bastante fumo e vento (se bem que no espaço não há vento, mas vá), cheiros e até uns borrifos de água. As coisas ficam mais intensas nas cenas de acção, se ficam.

Posto isto, ficam aqui alguns prós e contras da experiência.

Prós:
1. Sensação envolvente. No princípio estranha-se e todos os extras são até distracção, mas quando os sentidos se acostumam, uma pessoa sente-se envolvida no filme. Objectivo alcançado.

2. Diversão. No fundo, é como voltar aos tempos de infância sem ter de ir à feira popular, que já ouvi dizer estar muito fraquinha. Foi uma boa escolha de filme, com tantas cenas de vôo e tiros.

3. Ajuda à dieta. Como não dá para comer como deve ser com a cadeira sempre a mexer, uma pessoa não se põe a enfardar pipocas e outros aperitivos como se não houvesse amanhã e não arrisca a beber sodas, que o gás com certeza se perde todo com o movimento, nem bebidas quentes, que eles até desaconselham.

4. Não há muitas crianças. Coisa que se teria concretizado se eles fizessem cumprir as suas próprias regras de não deixar entrar pessoas com menos de um metro de altura. Pronto, fica a intenção.

5. Massagem incluída. Já falei da massagem lombar? Aquilo sabe mesmo bem nas costas.

Contras:
1. Pessoas que gostam de andar com o cabelo arranjado e maquilhagem posta, mais vale não se darem ao trabalho. O vento e a água com que levam (dependendo do filme) estraga-vos os planos. Se calhar isto é um benefício. Mas pronto, se insistirem em andar com maquilhagem, ao menos usem uma à prova de água.

2. Não houve intervalo. O traseiro fica assim para o quadrado e as costas ressentem-se. Ao menos uma pessoa não tem tempo para se olhar ao espelho e assustar-se com o efeito das intempéries na cara.

3. Eu sei que pus isto nos prós, mas também é um contra. Gostava de poder comer umas pipocas ou beber qualquer coisinha sem perigo de entornar. Aqui está a prova de que não se pode ter tudo.

4. Os relâmpagos iluminam demasiado o ecrã. Preferia que fosse menos exagerado.

5. Levem uma mantinha. Levar com vento ali na sala dá frio.

Vanessa

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Da crise do jornalismo

Diz esta notícia do Público que "os jornalistas têm salários baixos, muitos têm vínculos precários e abandonam a profissão cedo. Estas são algumas das conclusões de um inquérito a jornalistas portugueses feito por João Miranda ... O estudo, desenvolvido em 2015, contou com respostas de 806 profissionais de todo o país. Existem em Portugal mais de sete mil repórteres, segundo o Sindicato dos Jornalistas". A maioria dos jornalistas inquiridos recebe menos de 1000 euros por mês. Há ali uns 20% que trabalham em regime de freelancer.

Não é nada que já não se soubesse. O que é engraçado é que provavelmente todos os analisados são na verdade os privilegiados que têm carteira de jornalista. Muitos conheci eu que não a têm. Não me admira que o número que o sindicato apresenta não seja também como o número de desempregados no país, que tem em conta apenas aqueles que estão registados e não os outros que já desistiram de fazer parte dos números oficiais.

Dos meus colegas do curso de jornalismo, contam-se pelos dedos das mãos aqueles que estão a exercer com condições razoáveis, o que defino como ter um contrato. Os restantes, eu incluída, estamos noutra ou porque a lotação estava esgotada ou porque as condições não o permitiam. Chegava a ser preferível trabalhar num call center ou numa caixa de supermercado do que ser jornalista, que a paixão não paga contas.

É irónico que estejamos na era da informação e aqueles que a produzem e transmitem estejam em tão maus lençóis. Pior fica o resto da sociedade, mal informada sem se aperceber. Mas a ignorância não faz avançar.

Vanessa

Pérolas da série Navegantes da Lua

Sailor Moon ou Navegantes da Lua era um dos meus desenhos animados preferidos, mas o que tenho da série são apenas memórias. Há pouco tempo apanhei este vídeo no YouTube e decidir espreitar. Acabei por me rir à gargalhada, primeiro porque não me lembrava de nada disto e segundo pela compreensão que a idade me faz ter sobre algumas das tiradas da equipa de dobragem. Há cenas hilariantes. Ora vejam:



Vanessa

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Questão expressiva

Para mim, café expresso é meia chávena. Mas por alguma razão eu tenho é cara de café cheio. Literalmente. É coisa recente mas recorrente. São raras as vezes em que não me perguntam se o café é cheio. 

Ó senhores, se eu quisesse cheio dizia. Podem dizer-me que é do café onde vou, mas é que não vou sempre ao mesmo, vou a vários, e a pessoa que me atende não é sempre a mesma em cada um, são várias.

Não tenho uma boa teoria para o fenómeno, tirando ter cara de gostar de café cheio. Às vezes a minha aura de café cheio faz com que me sirvam uma chávena atolada de café mesmo sem perguntar ou sem eu pedir.

Na brincadeira, quando me perguntam se é cheio, eu digo sempre que é meio cheio. Está a ver, assim tipo meia chávena. A ver se a piada pega e decoram o pedido. No fundo eu não gosto de bica. Eu gosto é de meia bica.

Vanessa

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Publiquei sem título sem querer, por isso fica sem título

"Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti" é uma máxima que várias religiões e filosofias adoptam, às vezes por diferentes palavras. Dito de forma positiva, devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Segundo o Budismo "não atormentes o próximo com o que te aflige".

Apesar de ser um princípio ético conhecido, se fosse mais utilizado tenho a certeza de que o mundo não estaria como está. Eu acho que o problema está na versão cristã do princípio. "Portanto, tudo que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles" terá dito Jesus, em Mateus 7:12. Dá mais azo a ser deturpado.

Acho que falta mais no mundo quem não faz o que não gostaria que lhe fizessem do que quem faz aquilo de que gosta independentemente dos outros. Eu chamo-lhe falta de empatia. Faz muita falta.

Se toda a gente pusesse o princípio em prática, só sobravam os masoquistas.

Vanessa

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Transcription Memes I | Only those who work in transcription will understand the struggles are real


Vanessa

Os 7 tipos de pessoas que conheço

1. Os amigos. Pessoas com quem estamos quando as circunstâncias o permitem, mas cujas conversas atravessam o tempo e o espaço. Quando estamos juntos o tempo que passou desde a última vez não interessa. Relatamos eventos, espaços e pessoas que conhecemos nos entretantos. Divertimo-nos e somos felizes.

2. Os amigos de segundo grau. Amigos dos amigos com quem passamos bons tempos. Mais aqui.

3. Os conhecidos próximos. Podem ser antigos colegas, amigos de segundo grau ou pessoas que já foram amigas. Normalmente são poucos os laços que nos unem. Invariavelmente perdeu-se a ligação. Habitualmente são aquelas pessoas que se lembram de nós para pedir coisas. Às vezes somos nós que pedimos.

4. Os conhecidos. Vizinhos, transeuntes com quem nos cruzamos e funcionários. São rostos familiares.

5. Os familiares. Aqueles que fazem parte de nós mesmo que não gostemos. São a nossa herança. Pessoas que se vêem em épocas festivas. Entes queridos e às vezes não tão queridos. Pessoas de quem temos parentesco.

6. Aqueles que evitamos. Podem ser tudo acima, menos amigos. O nome diz tudo.

7. Estranhos. Pessoas que não conhecemos nem nunca vimos, mas com potencial para serem tudo e mais alguma coisa se o contexto permitir. Podemos trocar dois dedos de conversa, para depois voltarmos a ser estranhos. Podemos trocar olhares de concordância, mas ficamos por aí. Pessoas a quem o acaso uniu brevemente.

Nota: não falo de amores, caras-metades, laços matrimoniais, "é complicado" ou demais. Essa é uma categoria demasiado longa. Pode ser a número zero ou a oitava. Pode ter um pouco de todas as categorias ou nenhuma. Logo aí se vê que seria preciso um post inteiro para escrever sobre isso. Dá trabalho.

Vanessa

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Upspeak and vocal fry

There's something happening with speech patterns. First, they are changing in unpleasant ways. Second, they are being more policed than ever. I mean, at least there are names for speech subtleties, so it's easier to talk about occurring patterns. Such as upspeak and vocal fry. In my opinion, they are annoying as hell.

Upspeak is when intonation rises at the end of a sentence, which makes it sound like a question. It's used particularly in what is known valleyspeak, a "sociolect" also often used by those who love the "like" word.

What takes the cake though is vocal fry. You know The Ring or The Grudge? (Not posed as upspeak, but as a legitimate question) That sound that precedes that scary girl showing up? Vocal fry is caused by air bubbles in vocal folds and it is stuff from nightmares. It has a jittery, creaky effect that sounds like it comes from such horror movies. Or like it's coming from a socialite without enough oxygen to form a complete sentence.

I am thankful that this has a name, otherwise I wouldn't be able to shame it here. While there is this study that shows women who use vocal fry may be seen as urban-oriented and upwardly mobile, and this study suggests its use is increasing, anecdotal evidence shows that frying is associated with ditzy people. 

It's been made fun of in newspapers, television and radio shows, and podcasts for a reason, right? Because it's annoying. Yes, Noam Chomsky does it and he's a guy, but he has many more qualities to show for. 

Women, who obviously have less chances to establish a reputation right away and suffer from obsolete instances of inequality like, every day, have to be more concerned about their ideas being listened to, not their speech style. It's seriously unfair, but we women feel it and we have to constantly be extra cautious about appearance to the point of exhaustion. That's why vocal fry is actually detrimental to us women. 

It creates a gendered bubble, an automatic labeling system that places us at a level from where form undermines content. Where those who listen to us may be able to categorize us based on whether they think our speech pattern is urban-oriented and upwardly mobile or ditzy, airheaded and valley-like.

That's why I mentioned speech is being more policed than ever. The same way it's irritating that everything is analyzed these days and certain things are made fun of, it's also irritating that such fads as frying and upspeak turn into a new way of speaking and get picked up so much that they get analyzed in the first place and then associated with personality traits or abilities or genders. It's hard to have to think about these things.

It's hard to pay attention to how we behave and how we might be perceived. I'm only complaining about vocal fry because it's annoying though and it may become a thing. But that's because I obviously have misophonia.

Too long, didn't read version:



Vanessa

Presunção e água benta

Com o mal dos outros posso eu, diz o ditado. Com a opinião dos outros, isso já é outra estória. Eu culpo o Facebook, que nos pergunta em que estamos a pensar. De alguma forma transferimos essa curiosidade alheia que nos incita a produzir conteúdo para o mundo e as opiniões passaram a ser ilusoriamente valiosas.

Nem sempre são. Opiniões não solicitadas são o pão nosso de cada dia. Mas também há aquele ditado que diz que presunção e água benta são em regime self-service, que é como quem diz, cada um toma a que quer. A presunção de se achar que a opinião vale de alguma coisa é da responsabilidade de quem opina.

Vanessa

Equilíbrio

Domingo atrasei-me para a apresentação do último livro de Ricardo Araújo Pereira, A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram num Bar, por causa de calhaus. O que se passa comigo e os calhaus deste mundo não sei. Quando cheguei à Fnac, já a sala estava cheia e o Ricardo Araújo Pereira estava mesmo a começar a falar. 

O que achei engraçado foi que depois da dispersão, muitos dos presentes e o próprio Ricardo Araújo Pereira começaram a fazer aquilo que se faz na secção dos livros da Fnac. Ver livros, revirar livros, ler sinopses e primeiros parágrafos e essas coisas literaturescas. Ninguém o abordou, que eu visse, fora da sala.

Há um certo equilíbrio nas pessoas que lêem, como o há nos calhaus que um senhor costuma empilhar na Ribeira das Naus em Lisboa, equilíbrio esse que não vejo nos não leitores. Nota-se na postura, no discurso e nas acções. O que não quer dizer que quem não lê é desequilibrado ou inferior. São diferentes e compõem a maioria das pessoas do mundo, tenho quase a certeza. Por causa disso, o equilíbrio dos leitores é mais notório.

É um equilíbrio diferente, o dos leitores e o dos não leitores. Equilíbrio ou equilibrismo.

Percebi também que o humor me sabe melhor quando é escrito. Fica apurado. Chega a ser mais interactivo. É mais equilibrado, mesmo que fale de aspectos da vida como doença, sofrimento e morte.

Há equilíbrio numa vida desde que haja piada em sítios imprevisíveis. 

Vanessa

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Penne com cogumelos e natas

Cozer massa, neste caso penne (pode ser qualquer tipo de massa). À parte refogar cebola e alho picados (primeiro a cebola, depois o alho quando a cebola estiver translúcida) em manteiga ou azeite, juntar cogumelos de boa qualidade (shiitake neste caso) até ficarem cozinhados a gosto, temperar com sal e pimenta, atirar umas ervas e condimentos a gosto (cebolinho, cominhos e noz-moscada aqui). Juntar natas, deixar reduzir um pouco e acertar o tempero. Um ovo batido não fica aqui mal. Juntar a massa e envolver. Está pronto a servir.

Fica bom com legumes variados, carne ou peixe, enchidos. Em alternativa, cozer a massa, refogar alho e juntar a massa. No final pode-se acrescentar queijo (neste caso mozarela). Simples, mas saboroso.


Vanessa

To my English speaking readers

I see you make up the majority of my audience and I am sorry I have been neglecting you. I do enjoy writing in English, but Portuguese is also a passion of mine and it is my native language. I'm sure probably most of you are only interested in book reviews anyway, because those are the majority of my posts in English.

I miss writing creatively in English, as it helps to practice for my work, continue to be a proficient bilingual and hopefully fight Alzheimer's, though no one is ever sure if studies indicating prevention of certain illnesses with food or any activity are truthful or just a case of cocky correlations when there's only coincidence.

I'm planning on writing more in the near future, which is surely 2017. I'm not talking about writing reviews, but also sharing some thoughts in English as I used to do in those long-gone websites where one was paid for the traffic (like Bubblews and HubPages — not doing that anymore, especial after Bubblews closed). 

There are some things that only sound good in English, if you ask me. 

Vanessa

Atenção à retaguarda

As aparências iludem sempre no que toca à comida. A parte da frente das embalagens é onde o marketing acontece no seu melhor. Todas as declarações da moda estão lá. Sem glúten, sem gorduras, sem açúcares. Até em produtos que naturalmente já não tinham alguns dos elementos da moda, tipo o glúten, as empresas fazem questão de publicitar a lacuna como se o produto fosse agora produzido menos o elemento.

O arroz, o milho, o chocolate, o queijo, o iogurte e tantos outros já não tinham glúten antes do glúten se ter transformado no inimigo número um das dietas, mas agora há sempre um aviso na embalagem.

As declarações de marketing dão ideia de que os restantes ingredientes não fazem também mal. Em cereais e bolachas é comum anunciar-se à frente que são fonte de fibras e vitaminas. 

O que não contam eles é a quantidade de açúcar, gordura e Es que acompanham os benefícios.

Uma pessoa vira a embalagem e dá de caras com uma lista de ingredientes maior do que este texto. Só isso já é sinal de que é melhor voltar a colocar a embalagem na prateleira, quanto muito para poupar tempo. Ninguém o tem para ficar duas horas no supermercado a ler todas as listas de ingredientes, não é?

Se nos primeiros ingredientes aparecer açúcar e tantos dos seus derivados, do xarope de glicose à maltodextrina, ou gordura ou, na verdade, coisas muito complicadas de pronunciar, mais vale ignorar o que é dito à frente.

Nem falo de calorias por porção, que agora até já indicam à frente, mas sempre em doses individuais impossíveis (quem é que come só 30 gramas de cereais, afinal?). O problema é todos os químicos e ingredientes que estão na parte mais pequena da pirâmide alimentar que estão na parte de trás em quantidades pouco saudáveis. Tudo o que vem numa embalagem passou por muitas mãos, foi processado, sofreu mutações, foi retocado.

Essas coisas estão sempre à retaguarda. À frente está o que é bonito.

Vanessa