Quem ler este blogue pode pensar que nada em Goa é bom senão os dois animais de estimação da casa, a gastronomia e pouco mais. Perdoem-me. É que trago comigo o costume europeu (talvez só meu) de focar os aspectos negativos. É difícil largá-lo assim tão facilmente numa só semana.
Tenho lido na internet sobre o costume de praticar a gratidão como forma de melhoria pessoal. A gratidão muda lentamente a forma de estar. É a tal questão de se pensar no copo meio cheio.
Estar em Goa faz-me valorizar viver em Portugal. Pode não ser um aspecto totalmente positivo e gratificante sobre estar aqui, mas já é um começo. Entrar numa farmácia ou numa repartição das finanças em Portugal vai ser muito menos frustrante, as pequenas subtilezas do quotidiano vão ser mais notadas e as ruas vão parecer mais limpas e iluminadas. A internet vai parecer ultrapassar a velocidade da luz.
Quanto a estar aqui, há muito para fazer notar e para agradecer. A água do poço, as ventoinhas espalhadas pela casa, as flores a desabrochar, os constantes aromas e paladares novos em casa e pela rua, as borboletas que pousam em cima de nós sem receios, as primeiras horas da manhã e as noites quase silenciosas, a constante presença de tópicos sobre os quais escrever e a internet, ainda que um pouco rudimentar.
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