Estavam mais de 30 graus no dia de natal, mas comeu-se bacalhau levado de Portugal, com o obrigatório topping de azeitonas. Há muito que a mesa de natal da família Sena Sousa se decora com o melhor de dois países. Normalmente é o bacalhau e algum tipo de caril indiano.
Também já houve acompanhamentos de influência africana, assim como a adopção de algum prato ocidental. Por exemplo, já fiz peru, fiambre caramelizado, lombo com ameixas, rolo de carne. Já acompanhámos pratos orientais com abóbora, couve-de-bruxelas, batatas assadas.
Já vi na mesa rabanadas e bebinca, bolo-rei e doce de grão, lampreia e carambolas.
Este ano foi bacalhau com refogado de batatas, um assado de porco na lenha, arroz com açafrão, salada de couve. Mais tarde, uma amiga da família trouxe uma quantidade industrial de biryani (arroz com diferentes ingredientes, dos legumes à carne) e esta salada, com legumes cozidos e crus, tomate-cereja e romã.
Aqui come-se depressa e sai-se logo da mesa. É comum isso acontecer em festas, por exemplo, e é por isso que a refeição é servida tarde. Eu fui das últimas a terminar e a permanecer à mesa. Estes foram os meus pratos:
Aqui o natal é o almoço de dia 25. Não há consoada, como em Portugal, mas há missa da meia-noite. Tive a impressão de que o natal terminou depressa por isso. Foi o almoço e depois acabou-se. Como não há crianças em casa, não houve distribuição de presentes nem jogos. Foi uma festividade de fugida.
De noite houve teatro junto à biblioteca. Eu fui, mas voltei mais cedo porque ainda não percebo konkani. Foi de noite que falei com a família que ficou em Portugal por videochamada e quase conseguimos ter uma refeição juntos desta forma. Eles com bolo-rei e lampreia, nós com bebinca e carambolas.
Foi assim o natal de 2015.
Vanessa
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