segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Presente imperativo

As pessoas com quem falo na internet dividem-se em duas categorias: aquelas que me perguntam se tenho saudades de Portugal e aquelas que me perguntam se quero ficar em Goa. 

Vamos lá esclarecer as coisas. 

Portugal para mim é passado. Goa é presente, mas eu só cá estou há pouco mais de dois meses e, verdade seja dita, tenho lidado com o pior que Goa e a Índia têm para oferecer, com algumas excepções. 

Ainda não tive tempo (pai, esta é dedicada a ti) para ter saudades de Portugal, mas também ainda não o tive para sequer imaginar viver em Goa. Por outro lado, não gosto de viver no passado e por isso duvido que vá perder tempo (muito) precioso a pensar noutro país, o qual me emprestou uma nacionalidade que até prezo, para o qual vou ter mesmo de voltar quando se me acabar a validade do visto.

Entretanto, adoptei um dos princípios budistas que é o de viver no presente.

Claro que quando lido com as dificuldades da vida indiana sinto falta das facilidades portuguesas, algumas por comparação, outras pelo privilégio que é ser um país desenvolvido. É claro que há paisagens goesas que fazem uma pessoa pensar duas vezes no motivo pelo qual vai ter de sair.

No entanto, para quê pensar muito agora? A saudade é uma palavra muito portuguesa que eu vou fingir que esqueci. Ficar seja onde for é uma decisão muito cheia de coisas para pensar nela neste momento.

Não vou chegar ao cliché de citar aquela frase em latim que virou moda na minha adolescência e servia para qualquer dedicatória. Pronto, está bem. Não me ocorre frase melhor. Carpe diem.

Vanessa

3 comentários:

Raistlin disse...

Eu voto na terceira opção "se faz favori": Move to England!

Vanessa Sousa disse...

O futuro a seu tempo virá :)

Claudia disse...

☺️