Já aqui tinha dito que conduzir em Goa é horrível. A verdade é que conduzir no resto da Índia deve ser ainda pior. O pouco que daqui uso como exemplo do resto do país é sempre em menores proporções.
Mesmo assim não deixo de me admirar com a forma como se circula nas estradas, com o caos aparente e com os riscos que correm os goeses sempre que saem à rua.
Com isto digo que é de admirar que a Índia tenha tamanha população.
É inacreditável.
Primeiro porque os indianos parecem não ter grande amor à vida.
É ver famílias inteiras em cima de uma mota a ultrapassar autocarros em curvas ou manobras extremas que podiam fazer parte daqueles vídeos fantásticos que a Red Bull patrocina com atletas a fazer acrobacias em vales e mergulhos de cortar a respiração ou que podiam entrar no Guinness World Records.
Todos os dias são uma aventura para os indianos.
Segundo porque já vi por estas estradas tantos golpes de sorte, daqueles que são capazes de tornar qualquer ateu crente em deus ou qualquer supersticioso descrente do azar, que é mesmo de admirar que haja aqui o crescimento populacional de que se houve falar e que não haja aqui mais vacas do que indianos.
As estradas indianas são uma verdadeira selva. Só que às vezes parecem pradarias. É ver vacas e bois, galináceos e porcos, cães e gatos a passar à frente dos carros como se houvesse aqui muitas passadeiras e essas passadeiras fossem feitas para animais passarem e os condutores aqui respeitassem as passadeiras.
Conclusão: na última semana andei a pé, inclusivamente na cidade, andei de carro, de mota, de jipe e de autocarro e sobrevivi. Sinto-me cheia de sorte, para dizer a verdade.
Vanessa
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