Uma mãe dos Estados Unidos, que participou no programa 16 and Pregnant da MTV (mas agora com 22 anos), partilhou no Facebook fotos do filho a cozinhar e a arrumar a loiça com um texto a explicar que os meninos deviam ser ensinados a fazer as tarefas domésticas, não só as meninas, para seu bem individual e para bem da sociedade. A opinião vai ao encontro daquilo que sempre pensei sobre o assunto.
Todos os meninos que já conheci tiveram de aprender as tarefas básicas da vida à força mais tarde e ainda que um ou outro diga que só se aproveitou da mãe porque ela própria fazia questão ou pelos menos deixava, eu cá acho que o nível de eficiência depois da aprendizagem tardia não é o mesmo de quem se habituou desde pequeno a fazer as coisas sem ser sob a alçada da mãe. Nota-se pelo estado da cozinha depois de por lá passarem ou do tempo demorado a limpar ou do tempo total a fazer coisas simples.
A publicação da mãe norte-americana gerou concordância, mas também contestação. Fora os comentários parvos de quem não tem mais o que fazer, um ou outro levantou uma questão importante: o de as meninas também ficarem com lacunas na aprendizagem por não serem ensinadas outras tarefas domésticas mais pontuais, como a reparação de equipamentos, ou outras como mudar um pneu. Concordo.
Eu cá não sei nada de jeito em termos de bricolage, o que é uma pena porque dá tanto jeito como saber cozinhar. Por outro lado, se formos a ver, se as meninas forem ensinadas, como eu fui, a cozinhar e limpar e coser e passar a ferro, além do tempo para a brincadeira e para o estudo, não sobra muito mais tempo para aprender as tais coisas pontuais. Por outro lado ainda, o que é pontual não é tão frequente quanto o que é necessário e felizmente hoje em dia há o Google e o YouTube para nos ensinar quando é preciso.
A ter de escolher, eu preferia aprender as tarefas domésticas frequentes. Dão muito jeito, para o menino e para a menina. Quanto às outras tarefas, felizmente há sempre meninos dispostos a fazê-lo e muitas vezes apenas a troco de uma refeição. Faz-se ali uma troca e ficamos logo quites e toda a gente vive feliz.
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