Um ano não tem o mesmo peso de antigamente. Antigamente um ano era para mim um infinito. Depois de 1990 se tornar uma coisa de há 20 anos, a minha noção do tempo mudou. Já não consigo definir eventos pelos anos em que aconteceram com a mesma facilidade. E 365 dias já não têm grande impacto.
Planear para daqui a um ano não é assombroso. Mas pensar no que aconteceu há um ano é muito, porque o entretanto correu. Há mais de um ano fui para a Índia. É mais bonito pensar que há um Inverno fui para a Índia. Não deixa de ser surpreendente. Foi um marco, mas ficou diluído até me lembrar que aconteceu há mais de um ano e que esse ano passou num estalar de dedos. Para continuar com metáforas, foi um sopro.
Hoje li sobre como fazer o tempo parecer mais lento na passagem. Li que para que isso aconteça, é preciso aprender e fazer coisas novas. Que isso vai contra a rotina e por isso o tempo parece abrandar. Não concordo. É um paradoxo, porque o tempo parece passar mais rápido quando nos divertimos. Fez todo o sentido quando li, mas depois deixou de fazer quando pensei nisso. Não há forma de travar o tempo.
Vanessa
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