quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Somatório escaldado

A única coisa que arde sem se ver é o amor.
Chega o Verão e os incêndios já são tradição.
As televisões mostram tudo com fervor.
E começam a atirar-se culpas sem perdão.

Agosto é mês de fogos e sempre foi assim.
Agora é que nos lembramos de limpar o capim.
Dantes era mais fácil, pastavam lá os animais.

Mas a agricultura anda pela hora da morte.
Persistem práticas de negligência todo o ano.
Lembramo-nos agora que não é uma questão de sorte.
E que calor e falta de prevenção têm efeito profano.

Menos show off e mais senso comum ajudavam.
Mas mostrar meios de combate é que dá visibilidade.

As culpas atiram achas para a fogueira.
Do negócio dos fogos já se falou.
Façamos o rescaldo do fogo na Madeira.
Não de quanto tudo isto custou.

O que custa agora é ver tanto queimado.
É saber que nunca há fundos para o que é preciso.
Haja esperança por este país mal estimado
Que tem tanto para ser um paraíso.

Obrigado aos que estão na linha da frente.
Obrigado a todos os que têm ajudado.
O vosso esforço é comovente.
E que seja recompensado.

Para os distraídos, chamada de atenção.
Estas rimas não são só entretenimento.
Reparem nos links, têm intenção.
Vão dar a artigos com mais cabimento.

Vanessa

2 comentários:

Anónimo disse...

Resumindo:

https://www.youtube.com/watch?v=kuP0TDBthkQ&sns=em

Vanessa Sousa disse...

Obrigado pela partilha. A música do vídeo é um pouco sinistra. O conteúdo ainda mais.

Vanessa