sexta-feira, 25 de março de 2016

Contagem decrescente

Mas já?! Ah, pois. Se tivessem lido este post percebiam. O tempo aqui não é para brincadeiras e agora que o calor está a apertar, junta-se à lista a minha própria lentidão. Conclusão: dois meses certamente vão voar.

Dentro de dois meses (tanta coisa que cabe aí) vou estar a viajar novamente. Em Maio vou viver um dia duas vezes (não é bem assim, mas deixem-me sonhar). Vou viajar no dia 25, passar um dia a viajar e mesmo assim vou chegar a Portugal no dia 25. Que não se engane o tempo, que eu preciso de cada segundo para matar saudades e de muitos segundos para recuperar seis meses passados neste país tropical.

Por agora tenho de aguentar com o calor e a humidade. É de manhã e estão 26 graus (parecem 30) e 71% de humidade. E eu tenho o portátil ao colo, porque gosto de viver no limite.

Como estamos em época pascal, os católicos estão ocupados. Como estamos às portas da Primavera, os hindus estão ocupados. Há dois dias que não saio à rua e escrevo isto com satisfação. Tenho trabalho, tenho livros, tenho silêncio e tenho de aproveitar tudo isso com fervor religioso.

Tenho medo de ler notícias e fico feliz por já termos aquilo que me parece ser a televisão digital terrestre indiana, porque assim a televisão da sala só mostra uns três canais e não tenho de ver mais más notícias. Até o meu tio A. já transferiu a sua desilusão pelo que acontece em Bruxelas para a RTP Internacional e desliga a sua televisão prematuramente. É preferível estar em silêncio, por agora. Estamos de quarentena.

Desde que cheguei que ando enjoada do Facebook. Ainda não passou.

Os meus hábitos de leitura mantêm-se saudáveis.

Estou na minha terceira dose de vitaminas.

Tenho mais lugares para visitar do que tempo.

Ainda não estou certa de que quero voltar. 

Estou a brincar.

Vanessa

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