A minha opinião vale o que vale, mas considerei que devia criar uma etiqueta exclusiva para as minhas opiniões em relação a livros escritos em português à semelhança da que tenho para livros em inglês. Estreio assim uma etiqueta, o que coincide com a minha estreia literária de um dos livros de Gonçalo M. Tavares.
Cheguei tarde à festa? Não, que já vi que o homem é escritor prolífero. E ainda bem.
Não sei se este foi o melhor livro para o conhecer como escritor, mas Jerusalém encheu-me as medidas como leitora. Mais ou menos. Confesso que me escapou muito. Tive dificuldade em seguir o fio à meada, como se diz. Talvez esteja a perder a prática da leitura em português. Talvez este não seja um autor de prosa simples. A verdade é que preciso de voltar a este livro daqui a algum tempo. Digestão prolongada, digamos.
A estória foi um tormento, mas no bom sentido. Digamos que um homem que se quer suicidar e uma louca, personagens mais ou menos centrais num elenco de luxo, são ingredientes mágicos para momentos de leitura bem passados. Temos ainda um médico obcecado com questões filosóficas e que as tenta analisar de forma científica e um ex-soldado que claramente ficou com muitas mazelas psicológicas.
O livro durou mais tempo do que esperava, mas quando o li, não só o tempo passou depressa, como as páginas eram corridas num instante. A linha cronológica custou a ser percebida inicialmente, mas depois começou a fazer sentido. Os pedaços de diálogo ou as informações descritas por um narrador mais ou menos omnisciente pareceram-me aleatórias ou despropositadas em alguns casos. Talvez tenha sido esse o intuito.
Preciso de ler mais um livro de Gonçalo M. Tavares para perceber se gosto ou não, se percebo ou não. Dentro de um ano voltarei a ler este para ver se o percebo melhor. Afinal de contas, ganhou o Prémio Literário José Saramago e o Prémio LER e o Público considerou-o o livro da década. Além disso, parece que faz parte de uma temática ou colecção, O Reino. Talvez tenha de ler os outros livros da série.
Eu cá nem sequer percebi concretamente porque razão se chama Jerusalém, mas isso deve ser uma limitação pessoal. Pelo simbolismo percebo a comparação de Jerusalém ao hospício do livro, a dicotomia entre o sagrado e o profano e etc. Confesso que tenho alguma dificuldade em perceber livros muito aclamados e depois isso faz-me sentir um bocadinho ignorante. Ao menos com este, do que percebi até gostei.
6/10
O livro durou mais tempo do que esperava, mas quando o li, não só o tempo passou depressa, como as páginas eram corridas num instante. A linha cronológica custou a ser percebida inicialmente, mas depois começou a fazer sentido. Os pedaços de diálogo ou as informações descritas por um narrador mais ou menos omnisciente pareceram-me aleatórias ou despropositadas em alguns casos. Talvez tenha sido esse o intuito.
Preciso de ler mais um livro de Gonçalo M. Tavares para perceber se gosto ou não, se percebo ou não. Dentro de um ano voltarei a ler este para ver se o percebo melhor. Afinal de contas, ganhou o Prémio Literário José Saramago e o Prémio LER e o Público considerou-o o livro da década. Além disso, parece que faz parte de uma temática ou colecção, O Reino. Talvez tenha de ler os outros livros da série.
Eu cá nem sequer percebi concretamente porque razão se chama Jerusalém, mas isso deve ser uma limitação pessoal. Pelo simbolismo percebo a comparação de Jerusalém ao hospício do livro, a dicotomia entre o sagrado e o profano e etc. Confesso que tenho alguma dificuldade em perceber livros muito aclamados e depois isso faz-me sentir um bocadinho ignorante. Ao menos com este, do que percebi até gostei.
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