Preciso sempre de duas a três semanas até me habituar à mudança da hora. No verão a mudança não me faz grande diferença senão na euforia de apanhar mais sol e de os dias parecerem mais longos. No inverno o caso é diferente. Há sempre uma altura da tarde em que parece que é muito tarde. Depois das cinco parece que são nove da noite. Se acordo tarde, o dia é muito curto. Por aí fora. A conclusão é que pareço um zombie.
Ando movida a cafés e chás, sopas e Buddha bowls. As mantas e a botija de água quente já saíram do armário. Até já usei uma camisola polar esta semana, numa noite de 13 graus. Quando vou ao supermercado, irritam-me as músicas de natal, mas tentam-me os bombons. Parece tão cedo e tão tarde quase todo o dia.
Esta semana a minha afilhada fez um ano. Quando se acompanha o crescimento de uma criança parece sempre tão tarde em tantos aspectos. Estiveram quatro gerações à mesa nesse dia. Muita gente feliz. Vejo a família da mãe da minha afilhada em ocasiões como esta desde que tínhamos 14 ou 15 anos. Metade da nossa vida.
Vemo-nos a envelhecer uns nos outros quando nos encontramos nos aniversários. Mais um ano, mas menos um ano. É mais fácil celebrar o aniversário de crianças. Há sempre muito pela frente.
Vanessa
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