Comprei um telemóvel. Quem me conhece sabe que tal feito é um evento por si só. Este foi o segundo telemóvel que comprei na vida e o primeiro smartphone que comprei. O anterior era smartphone mas foi-me oferecido. Antes disso comprei um e antes desse tive outro comprado pelos meus pais. Só tive telemóvel aos 18, o que quer dizer que em 12 anos tive quatro. Continuo a achar que são muitos telemóveis para uma pessoa só.
Serve isto para descrever o prazer peculiar que é retirar a película dos ecrãs. Tendo em conta que este é o maior telemóvel que comprei, a película, pensei eu quando o vi, seria enorme. Só que não. Não tinha.
Foi a minha maior desilusão com este telemóvel. Não consigo descrever ao certo o prazer de descascar o ecrã, de sentir o plástico descolar lentamente, quase sem som, todo esse processo, e depois o ecrã a parecer limpo como janelas acabadas de limpar. É mesmo uma coisa digna dos fanáticos do ASMR, qualquer coisa em português como resposta sensorial autónoma do meridiano. É o chamado orgasmo do cérebro.
Mas descansem que esta estória teve um final feliz, porque eu tenho um Inspector Gadget na minha vida, que é como quem diz um namorado que adora maquinetas, que me trouxe uma película de um Samsung Galaxy não-sei-das-quantas que cabe perfeitamente no meu novo telemóvel (é tão estranho dizer isto). Foi assim, que ao segundo dia de uso, pude retirar a película ao meu novo brinquedo. Até tive um arrepio.
Vanessa
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