Os coqueiros fazem parte da paisagem de Nagoá de Vernã, onde a vila se vai desenvolvendo, mas deixando partes intactas para a agricultura e a pecuária. É isto que vemos sempre que vamos caminhar.
Quando nos cansamos da terra batida e das pedras caminhamos pelo asfalto quente até ouvirmos carros. No início, quase só íamos pela estrada, mas depois começámos a desbravar outros caminhos.
Os carreiros de argila vermelha mancham os ténis e magoam as solas dos pés, mas a paisagem e a quietude quase sempre valem a pena o esforço.
Há também terrenos áridos onde já nada cresce, por onde a poeira se desenrola ao sabor do vento.
Por outro lado, há lugares férteis e de aspecto próspero.
E outros que parecem um paraíso verdejante que contrasta com a folhagem seca pelo sol.
Eu gosto especialmente dos arrozais, nesta altura pontilhados de verde abundante.
Por vezes consigo contemplar a vida do campo e a sua calma coordenação e mestria.
Os trabalhadores parecem ser guiados por uma música própria, com rituais ensaiados ao longo de anos.
Passamos por vários locais banhados por rios ou pequenos lagos, que expostos ao sol parecem espelhos de água que cintilam a enfeitar o nosso caminho.
Vanessa
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