segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Queridas marcas

Os consumidores são mais inteligentes do que pensam. Podemos cair nalgumas das vossas manhas, mas não tem todas. Já reparámos que muitas de vós preferem reduzir o tamanho em vez de aumentar o preço.

Estou a olhar para vocês McDonald's. Aquele vosso Grande Big Mac só me faz lembrar o tamanho do Big Mac quando era novidade em Portugal, que era precisamente do tamanho desse Grande que agora custa mais 50 cêntimos. Nessa altura, um menu com o Big Mac deixava uma pessoa quase empanturrada. Agora só deixa a desejar. Nessa altura nem era preciso pedir ketchup. Agora quase precisamos de suplicar.

Agora também têm a mania de dirigir os clientes para aqueles ecrãs para que façamos nós o pedido. Também já vos topei. Não vai acontecer enquanto não baixarem o preço para eu fazer o trabalho de um funcionário. Sim, também sou daquelas pessoas que evita a todo o custo as caixas automáticas dos supermercados e recorda saudosamente a época em que havia funcionários a encher os depósitos nas gasolineiras. 

Somos clientes, não colaboradores. Não há cá borlas, até porque nós não as temos e muito menos recebemos salário para realizar tarefas de funcionário. Gostaria que mais pessoas se apercebessem disso. 

Sítios em regime self-service têm obrigação de ser mais baratos ou oferecer produtos e serviços de excelência para compensar ser o cliente a ter de trabalhar para obter aquilo por que já paga. Isso vai das grandes cadeias aos cafézinhos sem serviço de mesa. Eu sei que até para caixa de supermercado já é difícil arranjar emprego, mas não é por isso que vou eu trabalhar de borla a registar as minhas compras, até porque há tão poucas caixas dessas (e ainda bem) e ocorrem tantos problemas que uma pessoa tem de ficar na fila à mesma.

Eu sei que o DIY (Faça Você Mesmo) está na moda, mas sei reconhecer abusos quando eles existem. Recolho o meu tabuleiro com prazer, mas estabeleço aí o limite. Há uma grande diferença entre cortesia e burrice.

Vanessa

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