A viagem foi pacífica apesar das escalas. Goa-Mumbai, Mumbai-França, França-Portugal. Andei para trás no tempo, mas ainda me sinto quatro horas e meio à frente. Comecei a manhã a sobrevoar Goa com uma masala dosa e café e bolo de chocolate, almocei em Mumbai uma salada behl puri, caril de frango e dahl, com dois copos de vodka com sumo de laranja, mas lanchei um salgado de frango e um gelado já na Europa e jantei sandes de peru algures entre França e Portugal. Na viagem recuperei algumas horas de sono, vi o céu de perto, li uns capítulos de Life of Pi, vi o último Star Wars que não vi no cinema e quase terminei de ver o The Intern.
Fui calorosamente recebida no aeroporto de Lisboa com direito a cartazes e tudo pelas pessoas que mais me fizeram falta nos últimos meses. Fiquei a par de novidades ainda atordoada e dolorida. Senti-me a pessoa mais sortuda do mundo, mas com as pernas a flutuar como acontece quando se passa muitas horas sem ser com os pés no chão e a cabeça nas nuvens como me acontece frequentemente quando durmo pouco.
Cheguei há cinco dias, mas parece que foi ontem. Tenho seis meses de coisas em atraso, mas o que me apetece mesmo é tudo menos obrigações. Nisto de estar quatro horas e meio à frente, parece mais que estou parada no tempo. Na verdade gosto disso. Podia ficar assim mais uns seis meses. Mas a realidade chama por mim.
Vanessa
Cheguei há cinco dias, mas parece que foi ontem. Tenho seis meses de coisas em atraso, mas o que me apetece mesmo é tudo menos obrigações. Nisto de estar quatro horas e meio à frente, parece mais que estou parada no tempo. Na verdade gosto disso. Podia ficar assim mais uns seis meses. Mas a realidade chama por mim.
Vanessa