Duas vozes sobrepuseram-se ao som dos meus fones. Dois meninos suplicavam que Bruno os perdoasse. Diz um: "Desculpa-nos, Bruno. Não acabes a nossa amizade". Diz o outro: "Sim. Ainda temos muito para viver juntos". Diz o primeiro: "Desculpa-nos, Bruno. Ainda temos muitos anos pela frente. Não fiques chateado". Diz o segundo: "Vá lá, Bruno". Eram súplicas dramáticas. Não lhes vi o rosto, mas devem ser dos muitos miúdos que andam na escola primária e que passam pela frente da minha casa. Se estás a ler isto Bruno, que és meu vizinho e quero o teu bem, por favor perdoa os teus amigos, que eles gostam tanto de ti que até te gritam súplicas pela janela.
Vanessa
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