quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

5 coisas que aprendi com filmes de terror

1. O mundo é um sítio perigoso para viver e por isso estar viva é um enorme privilégio. Com tantos assassinos (em série ou não), animais ameaçadores (dos tubarões aos animais domésticos passando pelas répteis), objectos possuídos pelo demo (bonecos em especial, mas sem esquecer Christine, que é um carro), o demónio em si, espíritos do outro mundo e de mundos paralelos, plantas e vento (obrigado, M. Night Shyamalan), vampiros, lobisomens, zombies, pessoas que enlouquecem, crianças malignas... é de admirar que ainda esteja viva.

2. Senso comum? O que é isso? Nem falemos daquela cena típica de correr aos berros para o segundo andar em vez de se sair pela porta de entrada. Que tal não brincarem com forças sobrenaturais? Tabuleiros de ouija, objectos antigos (especialmente caixas ou espelhos) e TODOS OS BONECOS são objectos do mal, pessoas! Olhem que eu usei ponto de exclamação, coisa que é raro. É porque é mesmo grave. Eu aprendi que essas coisas dão possessão quase certa ou um grande desconforto geral que tem um grande impacto nas nossas vidas.

3. A curiosidade não matou só o gato. Quem tem amor à sua vida não vai explorar edifícios abandonados, especialmente se tiverem fama de serem assombrados, nem sequer a sua própria casa quando as tábuas do chão ou as portas rangem, e muito menos pergunta "Quem está aí?" quando ouve um barulho suspeito seja onde for. O mínimo sinal de curiosidade desperta instintos assassinos seja quem ou qual for o antagonista.

4. Não ser bonita ou branca é morte certa. Normalmente a(s) protagonista(s) são a(s) mais bonita(s). Todas as outras normalmente morrem, independentemente da personalidade ou inteligência. Morrem mais cedo se não forem virgens, se forem especialmente más para as outras pessoas ou se fizerem comentários tolinhos. Morrem também mais cedo os que não são brancos. Africanos, indianos, chineses morrem todos primeiro.

5. Ver filmes de terror é muito má ideia. É uma má ideia que aprendo e também desaprendo. Há filmes e filmes, mas em geral todos eles despertam na imaginação um instinto de auto-mutilação capaz de ver nas sombras um espírito agitado, de suspeitar de qualquer brisa ou som, e de convocar TODOS os terrores para a nossa realidade porque ver filmes de terror não é mau o suficiente; temos também de pensar neles depois e temer pela vida. Voltamos aqui ao início deste post, quando referi que estar viva é um enorme privilégio.

Vanessa

1 comentário:

Marta Moura disse...

Ahahah, gostei da tua análise!