O Pop Galo de Joana Vasconcelos foi inaugurado no domingo já caída a noite. Na altura de ligar as luzes, o comandou não funcionou. Estava sem pilhas. As luzes acabaram por ser ligadas directamente no quadro eléctrico. "É a representação daquilo que nós queremos que seja bem a nossa imagem, a imagem de um país moderno, mas que é um país que não perde as suas raízes (...)", descreveu na inauguração o primeiro-ministro António Costa. Eu acrescento: um país onde há quem se esqueça de colocar pilhas num comando.
Não se fala noutra coisa senão da tal de Web Summit, onde logo no primeiro dia cerca de três mil pessoas terão ficado à porta do Meo Arena por terem chegarem tarde. O presidente e fundador do evento pediu para que os presentes transmitissem a cerimónia através da internet. Paddy Cosgrave tentou depois exemplificar, mas estava ligado à rede wi-fi errada e teve logo um fail em palco. Ups. Na mesma cerimónia pediu também para que as pessoas chegassem mais cedo. Ele próprio tinha chegado meia hora atrasado ao palco.
Pior, o metro tem estado congestionado com pessoas a não conseguirem entrar e o trânsito tornou-se ainda mais caótico, apesar de a autarquia ter garantido que havia capacidade para receber mais as 50 mil pessoas previstas. Pior ainda, há relatos nas redes sociais, de portugueses e estrangeiros, sobre problemas à entrada da Web Summit por falta de lugares e organização, num evento que não é propriamente barato.
Tudo isto nos ensina que ainda temos muito de aprender. Somos excepcionalmente competentes a improvisar e desenrascar, mas depois as coisas não correm como deveriam. Creio que a Web Summit é um evento fantástico de se receber, mas calculo que seja também importante voltar a recebê-la nos próximos anos. Para isso é necessário que não existam erros assim. Tenho lido notícias que até me envergonham.
Vanessa
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