terça-feira, 15 de novembro de 2016

Cena hardcore

Olho para os anúncios de emprego e pergunto-me se tenho as skills necessárias. No fundo, até acho que tenho know-how, mas depois a performance e o task flow podem deixar a desejar. Devia ter tirado o curso numa school of journalism e não numa faculdade de jornalismo. Talvez assim juntasse as hard skills às soft skills. Melhor ainda, devia ter tentado os jobs for the boys, apesar de ser mulher e nem ter cunhas ou padrinhos.

Não tenho a quem pedir input sobre isto, mas ouvi dizer que ter trabalhado numa linha outbound de um call center dá um jump start a qualquer candidato. O problema é que não sei a que me candidatar. Na minha área precisam é de video editors e designers e media managers. E outras coisas que nem sei o que são.

O que está a dar é ser empreendedor e criar startups. Mas não tenho prática em product development nem em criação de software. A verdade é que não sou wireless o suficiente, tenho sempre strings attached, nem apta para o nível de multitasking que o empreendedorismo acarreta. Prefiro continuar freelancer

Ser empreendedor é para mim o equivalente a dar um salto de bungee-jumping. Pode também ser uma questão de background. Os mass media estão a embelezar demasiado o tema. É tudo marketing. É preciso investimento e trabalho full-time. Part-time só se não houver mais opções. Também é preciso timing.

Não tenho nada dessas coisas, mas tenho uma skill que está muito na moda hoje em dia: usar estrangeirismos a torto e a direito, que é como quem diz a right and left. Props para mim.

Vanessa

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