Dos nervos gramaticais vocês gostaram.
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Mesmo com o desabafo, os nervos não melhoraram.
O mau português não é coisa de passagem.
Vejo com cada uma que fico boquiaberta,
Desde erros desculpáveis aos sensacionais.
A língua portuguesa não é tão incerta,
Que se aceitem improvisos experimentais.
Se eu fosse médica gramatical,
A prescrição era sempre um dicionário.
Até para uma escrita normal
É preciso um esforço literário.
Se não sabes o que está errado
Usa o
FLiP online ou o Word no computador.
Eles sublinham o que deve ser alterado.
É grátis, fácil e indolor.
Se não queres trabalho, assim seja.
Ñ te poço proibir de xcrvr dxta forma.
Mas olha, se queres tudo de bandeja
Um dia podes não ter reforma.
Se achas que não tenho "haver" com o assunto,
Que sou "esagerada" e não "mereçes" a achega,
O português está em vias de ficar defunto
E para te perceber eu vejo-me grega.
Sem nem sabes escrever em português,
Faz-me por favor a delicadeza
De não tentar comunicar em inglês.
Os teus erros estragam-me a beleza.
Qualquer dia ninguém se entende
Porque a pontuação dá trabalho.
Olha que as vírgulas são o que te defende
De soares como um paspalho.
A falta de acentos só mostra preguiça.
E dificulta muito a leitura.
Escrever mal assim é uma injustiça
E dá cabo da nossa cultura.
Apelo mais uma vez à vossa consideração
Para salvarmos o português da desgraça.
Por isso façam das tripas coração
Para que o nosso idioma não se desfaça.
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Vanessa