quarta-feira, 16 de agosto de 2017

A cadeia alimentar moderna

Várias notícias hoje dão conta de que várias espécies de peixe têm confundido plástico com comida e por isso introduziram o plástico na cadeia alimentar. Ora, todos sabemos que na verdade o real responsável pela introdução do plástico na cadeia alimentar é o Homem, aquela criatura que está no topo dessa cadeia.

Por isso agora a cadeia alimentar moderna tem no topo e no fundo, indirectamente, o Homem. Diz a ONU que "se nada for feito e se continuarmos neste ritmo, em 2050 haverá mais restos de plásticos nos oceanos do que peixes." O que na verdade é aquilo que merecemos. Mas não é o que merecem todas as outras criaturas com quem "partilhamos" (aspas porque na realidade somos como um vírus destruidor) o planeta.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, um milhão de aves e 100 mil mamíferos marinhos morrem todos os anos devido à poluição por plástico. Para colocar isto em perspectiva, segundo a Fundação Oceano Azul, são produzidos anualmente no mundo a mesma quantidade de plástico quando pesa toda a humanidade: 300 milhões de toneladas. É estimado que desse belo número, oito milhões acabem por habitar o oceano.

Como tudo o que diz respeito ao mundo moderno, so há pouco tempo começámos a medir as consequências da utilização do plástico, mas ele está aí, nos oceanos e até no nosso sal de mesa, como foi noticiado há pouco tempo. É mais uma das heranças do uso de combustíveis fósseis que se infiltrou no quotidiano. Continuamos, no fundo, como homens das cavernas, ignorantes e impávidos, mas agora com uma grande quota-parte de culpa. Quem semeia ventos, colhe tempestades. Quem semeia plástico, colhe nada. Passo a piada deste nada como substantivo e não como verbo, porque isto não tem graça nenhuma. Assim não há arca de Noé que nos safe.

Vanessa

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