segunda-feira, 15 de maio de 2017

Tudo normal

Não ligo à maioria das coisas que cativa o que me parece ser o mundo inteiro. Por isso, foi um fim-de-semana normal. Sem efes: sem Fátima, sem futebol, sem festival. Não me livrei dos barulhos de quem vibra por tais fenómenos, de comentários e perguntas sobre o que achei e das buzinas à distância. Ainda dei uma vista de olhos pelos pontos altos, o suficiente para me lembrar de que não sofro de patriotismo. 

Ainda senti um arrepiozinho com a música da Eurovisão, mas porque é bonita; não porque ganhou. Já tinha gostado da música antes. Gosto o mesmo, mas agora com uma pitada de orgulho. O que o moço diz ou que dizem que disse não me interessa muito. Vou continuar a ouvir a música, o que é uma raridade nas andanças do festival, e duvido que seja uma música de passagem. Gosto da tonalidade antiquada e da melodia.

Ao menos com isto uma pessoa sabe que o romance não está morto e que não estamos dormentes de sensacionalismos porque sentimos alguma coisa. O mundo precisa de coisas que nos façam sentir. Eu cá sinto muito não gostar de futebol e de festivais e de religião. Sinto muito e ao mesmo tempo sinto nada.

A isso se chama zen.

Vanessa

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